Australianos querem jogos para maiores de 18

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Foram divulgados os resultados de um estudo sobre os hábitos de consumo dos jogadores na Austrália e a sua visão de mercado neste país, onde ainda vigora a censura nos videojogos.

A Interactive Entertainment Association of Australia (IEAA) publicou as conclusões de um estudo de seis anos focado em temáticas como os hábitos de consumo dos jogadores australianos e a sua visão de mercado.
O dados apresentados são curiosos e desfizeram o mito de que os videojogos só interessam a rapazes adolescentes, ao revelarem um interesse crescente do público feminino e adulto. Este facto reforçou a ideia de que é necessário alterar o sistema de classificação dos videojogos naquele país, que ao longo dos anos proibiu a venda de vários títulos. Foi o caso dos jogos das séries Grand Theft Auto e Leisure Suite Larry , por possuírem conteúdos considerados «impróprios».

No âmbito deste estudo, que se realizou no período compreendido entre 1999 e 2005, foram inquiridos 3708 indivíduos. A principal conclusão é que o mercado australiano é pleno de diversidade no que diz respeito ao tipo de público, e os números revelam-no: apenas 42 por cento dos lares onde há adeptos de videojogos têm crianças, e apesar de a idade média dos jogadores rondar os 24 anos, no último ano 38 por cento eram mulheres.
Actualmente, a classificação etária dos videojogos neste país termina em MA15+ (maiores de 15). Os jogadores com idade inferior só podem adquirir os títulos quando acompanhados por um adulto.

Na Austrália, a ausência de um sistema de classificação para maiores de 18 em videojogos (ao contrário do que acontece com os filmes) é a razão pela qual muitos títulos têm sido censurados ou banidos naquele país, defendem os críticos.
Neste sentido, o governo australiano está a ser pressionado para alterar a classificação dos jogos, introduzindo uma escala para “adultos”. Oitenta e oito por cento dos inquiridos é a favor desta solução.

O estudo revelou ainda que 78 por cento dos adultos considera os videojogos educativos e o papel dos pais nas decisões de compra dos filhos como algo fundamental. Por seu turno, 76 por cento dos progenitores declararam estabelecer regras rígidas relativamente ao tipo de jogos que os filhos jogam.
Uns expressivos 87 por cento confirmaram estar presentes no acto de compra dos filhos ou consentirem previamente a compra de determinados títulos.

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